A principal função do lubrificante automotivo é proteger as partes móveis do motor do atrito. Além disso, ele também é responsável pela ‘limpeza’ do motor, absorvendo
fragmentos resultantes do processo de combustão interna.
Escolher o lubrificante ideal traz diversos benefícios para o motor, como melhor rendimento em alta rotação, melhor partida a frio e menor atrito entre as peças reduzindo o desgaste, resultando em maior durabilidade das peças, menos emissão de gases e até mesmo menor consumo de combustível.
A primeira dica para não errar na escolha do lubrificante é seguir o manual do proprietário do veículo. Nele, consta exatamente a especificação do óleo que deve ser usado. Isso não significa que o óleo deva ser trocado somente em uma determinada concessionária ou ser de uma determinada marca. O importante é observar as especificações (mineral, semissintético ou sintético) e seguir a viscosidade (SAE) e nível de desempenho indicados (API).
Existem três tipos de óleo lubrificante: mineral, semissintético e sintético. O tipo mineral tem origem na separação de componentes do petróleo; o sintético é obtido através de processos químicos; já o semissintético é uma mistura de óleos minerais e sintéticos.
Além do tipo, é preciso ficar atento às siglas e números. Você já deve ter visto nos rótulos informações como SAE 5W30, SAE 10W40, API-SN, API-SL. A sigla SAE significa Sociedade de Engenheiros Automotivos, em inglês. É ela que determina a viscosidade do lubrificante.
Entre os lubrificantes para motor automotivo, é comum encontrarmos o tipo multiviscoso, com a letra W entre dois números. A letra W faz referência à palavra inglesa winter, que significa inverno. O primeiro número indica a viscosidade do óleo no momento da partida, com o motor em temperatura ambiente. Quanto mais baixo for esse número, mais rápido o óleo atingirá as partes do motor, reduzindo o desgaste na partida. O segundo número indica a viscosidade na partida com o motor em temperaturas mais altas.
Os óleos também possuem nível de desempenho, indicados pela sigla API (Instituto Americano de Petróleo, traduzido do inglês) e acompanhada pelas letras S (para motores a etanol, flex e GNV) e C (para motores de veículos leves a diesel). A partir disso, temos níveis de desempenho como API SL, API SM, API SN. Na medida que as letras vão avançando (de API SM para API SN, por exemplo), mais moderna é o nível de desempenho e mais completa a sua aditivação.
O uso do lubrificante nas especificações erradas pode trazer sérios problemas e reduzir drasticamente a vida útil dos componentes do motor. O uso de um óleo menos viscoso do que o recomendado pelo fabricante pode não formar uma camada de proteção adequada para impedir o atrito, por exemplo. O contrário também é prejudicial: quando usado um óleo mais viscoso do que o recomendado, é demandada mais energia da bomba de óleo.
É importante reforçar que, independente da quilometragem do motor, a especificação, viscosidade e nível de desempenho recomendados pelo manual não se alteram ao longo do tempo. Sabemos que motores com desgaste e folgas precisam de cuidados específicos e é possível encontrar no mercado lubrificantes desenvolvidos para essa finalidade, como a linha Long Life da GT-OIL, que conta com quatro viscosidades e atua vedando as folgas e oferecendo proteção extra.